A assistência estudantil é o que garante nossa
permanência e qualidade na formação dentro da escola técnica, para que assim os
estudantes que já têm sua entrada tão dificultada pelo exame seletivo, não
sejam obrigados a desistirem de seus cursos por não terem condições de se
manter neles.
A residência estudantil, as bolsas de iniciação acadêmica
(trabalho), refeitório escolar – quando existam nos institutos federais-, as
ajudas de custo, assistência médica, odontológica, cultural: todas estas fazem
parte das políticas de Assistência Estudantil.
O que acontece é que essas políticas
no IFAL (Instituto Federal de Alagoas) estão muito longe de suprirem a real
demanda de estudantes, e com os cortes que a nossa ‘querida’ presidente Dilma vem
fazendo desde o ano retrasado nas áreas sociais, que atinge diretamente a
educação é muito bárbaro; e se ficarmos calados, a tendência é que isso se
agrave cada vez mais!
Indo para o Campus Satuba, nos
deparamos com estudantes totalmente carentes de assistência estudantil. O atual
valor do auxílio transporte é de R$ 80,00 (oitenta reais) e a bolsa de estudo
R$ 110,00 (cento e dez reais) – ora, pensamos: na nossa instituição contamos
com cerca de 700 (setecentos) alunos e 86% destes estudantes não moram no
município em que o campus se encontra. O que mais chama atenção é que poucos
destes estudantes recebem auxílio transporte e a realidade começa a ficar mais
clara.
Ao chegar ao meio do mês o auxílio
transporte acaba, e, como alternativa são obrigados a pedir carona em plena via
que dá acesso à escola, se expondo a riscos.
Não podemos encarar políticas de
assistência estudantil como assistencialismo,
uma vez que são direitos dos estudantes, logo, dever do campus, pois
implica diretamente a permanência no ensino técnico público.
Nesse meio-tempo...
Há enormes filas no refeitório, residência exclusiva para
homens, obras inacabadas dos blocos e salas de aula, poucas aulas práticas – claro,
a teoria proporciona ao aluno uma boa aprendizagem, mas no futuro? Seremos um
bom técnico sem aulas práticas? Por isso apontamos a necessidade de mais aulas
práticas-, e isso não deveria ser assim! Afinal, não vemos na TV que a educação
está avançando?
Mas, nós ficaremos calados? NÃO! E
foi através de mobilizações que estudantes de todo o país compareceram entre os
dias 30 de maio a 2 de junho ao 2º Congresso Nacional da ANEL (Assembleia
Nacional dos Estudantes – LIVRE), na Universidade Federal de Juiz de Fora –
UFJF, no município de Minas Gerais, onde juntos, cravamos os futuros desafios
que teremos pela frente, como o da assistência estudantil, por exemplo.
Por isso reivindicamos:
- · Por residência estudantil para mulheres;
- · Por estrutura adequada para os cursos de nível médio;
As
bolsas de estudo e auxílio transporte são escassos e, quando concedidas,
esbarram em burocracias relativas à sua manutenção e/ou renovação. O pagamento
das bolsas há muitos anos não passam por reajuste, é feito com constantes
atrasos e está condicionado à dedicação exclusiva do estudante.
Por isso reivindicamos:
- · Por reajuste real das bolsas de estudo e dos auxílios;
- · Por estabelecimento fixo e cumprimento das datas de pagamento das bolsas;
Atenção,
estudante! Diante de tudo que foi dito, vale ressaltar que as tarefas do
movimento estudantil precisa estar comprometido com as lutas e, por isso,
acreditamos ser fundamental e organizar os estudantes nacionalmente na luta por
uma educação pública, gratuita e de qualidade. A ANEL quer ser um instrumento
de luta nas mãos dos estudantes, para que através dela seja possível organizar
as mobilizações estudantis nas escolas e universidades de todo país!
Venha
construir conosco a mudança que o mundo precisa e fazer história! O novo pede
passagem e te convida a vir junto! Seja você um estudante livre da Assembleia
Nacional!
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