sexta-feira, 4 de maio de 2012

O modo tucano de enxergar a segurança pública em Alagoas



No dia 20 de abril foi possível ver mais um ataque a democracia e a liberdade de expressão em solo brasileiro. Foi neste dia que aconteceu mais um caso (de tantos e tantos casos que são registrados)  em que os movimentos sociais são reprimidos por forças policiais na tentativa de calar e intimidar os lutadores e lutadoras de todo o Brasil. Casos que a cada dia que passa, se tornam mais recorrentes.  

Durante uma manifestação pacífica, os estudantes do comando de Greve da UNCISAL e da ANEL envolvidos com as mobilizações da greve da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas foram duramente reprimidos pela policia militar na tentativa de acabar sua mobilização.
  Neste dia, os estudantes se dirigiram até Palmeira dos Índios para pressionar o governo a negociar com os manifestantes a pauta da greve através de um ato pacífico durante a inauguração de um conjunto residencial. assim que o governador chegou distribuirão panfletos, colocaram narizes de palhaço e abriram suas faixas no intuito de chamar atenção do governador.
  Durante a manifestação o comando da PM abordou os manifestantes ordenando que o protesto tivesse fim, ao serem questionados sobre o porque de tal atitude da PM, um dos militantes da ANEL foi detido e ameaçado pelos policiais. No processo vários moradores que tentavam entender o que estava acontecendo foram violentamente agredidos. Após muita negociação com os policiais, o manifestante foi liberado com a condição que o protesto tivesse fim, caso contrário não só ele, mas todos os presentes seriam presos.        
 Como dito anteriormente, infelizmente, a prática de reprimir com a força policial os movimentos sociais é amplamente utilizada Brasil a fora, seja nas obras de Belo Monte e Giral, seja com os movimentos de luta pela terra, ou nas grandes cidades como São Paulo no caso da Cracolândia, seja na desocupação de 1600 famílias no bairro do Pinheirinho em São José dos Campos, interior de SP,  milhares de pessoas que ocuparam pacificamente um terreno apenas para ter seu direito constitucional à moradia.
E aqui cabe ressaltar um fato de extrema importância para comunidade alagoana, hoje, tanto o governo de SP quanto a prefeitura de São José dos Campos é dirigida pelo PSDB, o que o torna mais uma vez o  protagonista de tais eventos vergonhosos para toda a sociedade brasileira. Assim como a polícia foi usada para assassinar trabalhadores em Eldorado dos Carajás, ou expulsar os trabalhadores do bairro Pinheirinho, mais uma vez o governo tucano utiliza as forças armadas para defender seus interesses, neste caso calar os lutadores e lutadoras que lutam por uma universidade pública, gratuita e de qualidade.

Seria cômico se não fosse trágico, ouvir o que nós ouvimos da própria boca do vice-governador alagoano poucos dias antes da repressão sofrida pelos estudantes em Palmeira dos Índios, este, durante uma reunião com o comando de greve da UNCISAL falou que não seria possível atender as reivindicações dos estudantes e professores da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, pois nem saúde nem educação eram prioridades do governo naquele momento e sim a segurança pública. Perguntamos ao vice-governador, e por quê não, ao governador também, que tipo de segurança pública é essa?  Que permite que Maceió seja a terceira cidade mais violenta do mundo, que reprime os movimentos sociais, que nem ao menos consegue fornecer segurança aos alunos da UFAL Maceió e Arapiraca, Seria este o estilo tucano de segurança pública senhor governador? Pois se for nós respondemos, Não o toleraremos!


Não podemos aceitar que nos tirem nosso direito básico de liberdade de expressão, muito menos que os movimentos sociais continuem sendo duramente reprimidos por uma polícia, militar, mal treinada, e por muitas vezes desumana, fatos como este estão longe de ser algo esporádico, eles acontecem todos os dias, nas favelas, nas universidades, no campo, Nós da ANEL não nos calaremos perante a tais tentativas de barbárie, e temos certeza  que toda a juventude brasileira, que todo o trabalhador brasileiro, que anseia por uma sociedade mais justa e humana, também não se calará!                                                                                                 

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