domingo, 8 de dezembro de 2013

ANEL constroi "Novembro negro" em Alagoas

20 de novembro comemora-se o dia da consciência negra. Se a data é cheia de simbolismos para os lutadores que se colocam contra o racismo em todo o país, não poderia ser diferente para os estudantes e trabalhadores que lutam diariamente em Alagoas contra a exploração e a opressão racista.

A terra de Zumbi dos Palmares e Dandara, que há mais de 300 anos tinha o maior símbolo de resistência dos negros escravizados, o Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, localizada hoje no município de União dos Palmares, é palco das maiores desigualdades sociais do país.


Alagoas figura entre os estados com maiores índices de evasão escolar, analfabetismo e piores índices de infraestrutura nas escolas e faculdades. Os maiores prejudicados pela falta de distribuição de renda é a população negra e pobre, lançada nas periferias da capital Maceió. O estado está imerso também na realidade mais triste do povo negro brasileiro: é aqui o lugar mais perigoso para se nascer preto. A “Terra da Liberdade” lidera com o maior número de homicídios, que já se configura como extermínio da população pobre.

Dia 20 de novembro se mostra como um dia de resistência: lutar por cotas sociais distintas das raciais; lutar por melhor infraestrutura nas escolas do estado, já que a grande maioria das escolas do estado encontra-se defasadas; para que o governador Teotônio Vilela (PSDB) faça concursos públicos para professores; lutar por um Sistema Único de Saúde de qualidade e dizer, todos os dias, não à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), pois é o povo negro quem mais necessita do SUS.

A Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL) entende a necessidade de se lutar por equiparação do povo negro, que após serem libertos da escravidão, continuaram a ser subjulgados e privados de seus direitos mais básicos, como educação, saúde, e o mais elementar: o direito à vida. Enquanto poderia estar salvando a educação e saúde do estado, Teotônio prefere entregar as riquezas aos usineiros. Abaixo à terra dos marechais e dos usineiros! Viva à Terra de Zumbi e Dandara.

Niara Aureliano, do DCE-UFAL e ANEL-AL.
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Durante todo o mês de novembro a ANEL construiu diversas atividades de combate às opressões, incluindo discussão sobre cotas raciais e políticas afirmativas, genocídio da juventude negra, violência contra a mulher, além de eventos de exaltação à cultura afro-brasileira e participação, no dia 22, na marcha da periferia, um importante evento realizado no maior complexo educacional do estado.

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