20 de novembro comemora-se o dia da consciência negra. Se a data é cheia de
simbolismos para os lutadores que se colocam contra o racismo em todo o país,
não poderia ser diferente para os estudantes e trabalhadores que lutam
diariamente em Alagoas contra a exploração e a opressão racista.
A terra de Zumbi dos Palmares e Dandara, que há mais de 300 anos tinha o maior símbolo de resistência dos negros escravizados, o Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, localizada hoje no município de União dos Palmares, é palco das maiores desigualdades sociais do país.
A terra de Zumbi dos Palmares e Dandara, que há mais de 300 anos tinha o maior símbolo de resistência dos negros escravizados, o Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, localizada hoje no município de União dos Palmares, é palco das maiores desigualdades sociais do país.
Alagoas
figura entre os estados com maiores índices de evasão escolar, analfabetismo e
piores índices de infraestrutura nas escolas e faculdades. Os maiores
prejudicados pela falta de distribuição de renda é a população negra e pobre,
lançada nas periferias da capital Maceió. O estado está imerso também na
realidade mais triste do povo negro brasileiro: é aqui o lugar mais perigoso
para se nascer preto. A “Terra da Liberdade” lidera com o maior número de
homicídios, que já se configura como extermínio da população pobre.
Dia
20 de novembro se mostra como um dia de resistência: lutar por cotas sociais
distintas das raciais; lutar por melhor infraestrutura nas escolas do estado, já
que a grande maioria das escolas do estado encontra-se defasadas; para que o
governador Teotônio Vilela (PSDB) faça concursos públicos para professores;
lutar por um Sistema Único de Saúde de qualidade e dizer, todos os dias, não à
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), pois é o povo negro quem
mais necessita do SUS.
A
Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL) entende a necessidade de
se lutar por equiparação do povo negro, que após serem libertos da escravidão,
continuaram a ser subjulgados e privados de seus direitos mais básicos, como
educação, saúde, e o mais elementar: o direito à vida. Enquanto poderia estar
salvando a educação e saúde do estado, Teotônio prefere entregar as riquezas
aos usineiros. Abaixo à terra dos marechais e dos usineiros! Viva à Terra de
Zumbi e Dandara.
Niara Aureliano, do DCE-UFAL e ANEL-AL.
...
Durante todo o mês de novembro a ANEL construiu diversas atividades de combate às opressões, incluindo discussão sobre
cotas raciais e políticas afirmativas, genocídio da juventude negra, violência
contra a mulher, além de eventos de exaltação à cultura afro-brasileira e
participação, no dia 22, na marcha da periferia, um importante evento realizado no maior complexo educacional do estado.
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