quarta-feira, 8 de maio de 2013

IFAL-Satuba rumo ao 2º Congresso da ANEL


A construção do 2º congresso da ANEL em Alagoas está com tudo. Já iniciamos a tiragem de delegados acompanhada de diversas atividades tanto financeiras quanto debates políticos ou sobre opressões. No Ifal de Satuba em Alagoas, os estudante estão cheios de iniciativas e também participando das atividades realizadas. Os secundaristas da ANEL querem construir um novo movimento estudantil combativo nas escolas técnicas, com independência de governos e reitorias, que faça suas próprias campanhas financeiras e que combata todas as formas de opressão diariamente. Os estudantes de Satuba acreditam no potencial da Assembleia Nacional de Estudantes - Livre para fortalecer suas lutas, e vêm construindo essa entidade nacional junto a milhares de estudantes. 

Além de reuniões e passagem nas salas de aula com o nosso jornal novo, estudantes realizaram uma mesa de debate sobre homofobia na escola. A mesa contou com o estudante de Letras Elson Lima, membro da comissão executiva de Alagoas, Paulo Amorim, que é membro da comissão executiva nacional, e  estudantes e professores do campus. Sabemos que a homofobia está presente nas escolas, e no instituto não é diferente, é preciso trazer sempre o debate e realizar campanhas que visam conscientizar os estudantes para combater essa forma de opressão.

Outra campanha de combate às opressões, feita junto com a divulgação do segundo congresso na quarta-feira, dia 20/03, foi a denúncia do trote racista e machista na UFMG. No trote, além de obrigarem as calouras a beberem bebida alcoólica,  os calouros foram pintados de preto, acorrentados e receberam placas com frases dizendo "Caloura Chica da Silva", objetivando ridicularizar as mulheres negras e fazendo menção a escravidão. Como se não fosse suficiente, ainda fizeram tais atrocidades imitando gestos nazistas enquanto um calouro estava amarrado a uma pilastra. Os ativistas do instituto federal se indignaram com tamanha atrocidade, e antes da reunião para debater sobre o 2º congresso da ANEL, se juntaram para discutir sobre o caso e fizeram cartazes de repúdio a esses tipos de trotes. Nós não iremos nos calar diante de tais acontecimentos, é nosso dever combater os trotes racistas, machistas e homofóbicos, e todas as opressões,  que têm por objetivo humilhar e inferiorizar as pessoas por suas diferenças.

A atividade mais recente foi a eleição de delegados que vão representar os estudantes do IFAL Satuba no 2º Congresso Nacional da ANEL, que será realizado na cidade mineira de Juiz de Fora-MG no período de 30 de maio a 2 de junho de 2013. O processo eleitoral contou com a presença de vários estudantes e foi realizado nos dias 1 e 2 de abril. Antes das eleições foram formadas as chapas, na qual pudemos ver o interesse dos próprios estudantes em representarem seus cursos no congresso e, por incrível que pareça, foram formadas 3 (três) chapas no curso de agropecuária (integrado); quase 80% do curso votou nas chapas. Às 13h do dia 2 (terça-feira), na apuração de votos, contamos com a presença dos membros dos cursos para validar a eleição. No curso de agropecuária (integrado) foram válidos 209 votos; agroindústria 69; agropecuária (subsequente) 27 e laticínios (superior) 12.
 
A disputa para ver quem seria delegado foi muito acirrada no curso de agropecuária, foram 92 votos para a chapa 1, 94 votos para a 2 e 23 para a chapa 3. Tal repercussão é resultado direto das lutas e campanhas realizadas no instituto federal, e na prática comprova o quanto a ANEL é uma entidade plural no movimento estudantil que preza pelo debate democrático de idéias, diferente do que muitos companheiros que constroem a esquerda da UNE dizem. Queremos construir um congresso diferente dos congressos da UNE, entidade que não nos representa mais. Queremos um congresso que não esteja atrelado financeira e politicamente aos gabinetes das reitorias e governos, mas que vá para as ruas e coloque em prática as lutas dos estudantes brasileiros. Dessa forma continuaremos divulgando o 2º Congresso nos IF’s do estado, para assim, levar o maior número de secundaristas para Juiz de Fora, congresso onde os secundaristas irão unificar suas lutas com a de vários outros ativistas do Brasil inteiro, onde as várias bandeiras e lutas irão se encontrar e fortalecer o movimento estudantil brasileiro.

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