A construção do 2º congresso da ANEL em Alagoas está com
tudo. Já iniciamos a tiragem de delegados acompanhada de diversas atividades
tanto financeiras quanto debates políticos ou sobre opressões. No Ifal de
Satuba em Alagoas, os estudante estão cheios de iniciativas e também participando
das atividades realizadas. Os secundaristas da ANEL querem construir um novo
movimento estudantil combativo nas escolas técnicas, com independência de
governos e reitorias, que faça suas próprias campanhas financeiras e que
combata todas as formas de opressão diariamente. Os estudantes de Satuba acreditam
no potencial da Assembleia Nacional de Estudantes - Livre para fortalecer suas
lutas, e vêm construindo essa entidade nacional junto a milhares de estudantes.
Além de reuniões e passagem nas salas de aula com o nosso
jornal novo, estudantes realizaram uma mesa de debate sobre homofobia na
escola. A mesa contou com o estudante de Letras Elson Lima, membro da comissão
executiva de Alagoas, Paulo Amorim, que é membro da comissão executiva
nacional, e estudantes e professores do
campus. Sabemos que a homofobia está presente nas escolas, e no instituto não é
diferente, é preciso trazer sempre o debate e realizar campanhas que visam
conscientizar os estudantes para combater essa forma de opressão.
Outra campanha de combate às opressões, feita junto com a
divulgação do segundo congresso na quarta-feira, dia 20/03, foi a denúncia do
trote racista e machista na UFMG. No trote, além de obrigarem as calouras a
beberem bebida alcoólica, os calouros
foram pintados de preto, acorrentados e receberam placas com frases dizendo
"Caloura Chica da Silva", objetivando ridicularizar as mulheres
negras e fazendo menção a escravidão. Como se não fosse suficiente, ainda
fizeram tais atrocidades imitando gestos nazistas enquanto um calouro estava
amarrado a uma pilastra. Os ativistas do instituto federal se indignaram com
tamanha atrocidade, e antes da reunião para debater sobre o 2º congresso da
ANEL, se juntaram para discutir sobre o caso e fizeram cartazes de repúdio a
esses tipos de trotes. Nós não iremos nos calar diante de tais acontecimentos,
é nosso dever combater os trotes racistas, machistas e homofóbicos, e todas as
opressões, que têm por objetivo humilhar
e inferiorizar as pessoas por suas diferenças.
A atividade mais recente foi a
eleição de delegados que vão representar os estudantes do IFAL Satuba no 2º
Congresso Nacional da ANEL, que será realizado na cidade mineira de Juiz de
Fora-MG no período de 30 de maio a 2 de junho de 2013. O processo eleitoral contou
com a presença de vários estudantes e foi realizado nos dias 1 e 2 de abril. Antes
das eleições foram formadas as chapas, na qual pudemos ver o interesse dos
próprios estudantes em representarem seus cursos no congresso e, por incrível
que pareça, foram formadas 3 (três) chapas no curso de agropecuária
(integrado); quase 80% do curso votou nas chapas. Às 13h do dia 2
(terça-feira), na apuração de votos, contamos com a presença dos membros dos
cursos para validar a eleição. No curso de agropecuária (integrado) foram
válidos 209 votos; agroindústria 69; agropecuária (subsequente) 27 e laticínios
(superior) 12.
A disputa para ver quem seria
delegado foi muito acirrada no curso de agropecuária, foram 92 votos para a
chapa 1, 94 votos para a 2 e 23 para a chapa 3. Tal repercussão é resultado
direto das lutas e campanhas realizadas no instituto federal, e na prática
comprova o quanto a ANEL é uma entidade plural no movimento estudantil que preza
pelo debate democrático de idéias, diferente do que muitos companheiros que
constroem a esquerda da UNE dizem. Queremos construir um congresso diferente dos
congressos da UNE, entidade que não nos representa mais. Queremos um congresso
que não esteja atrelado financeira e politicamente aos gabinetes das reitorias
e governos, mas que vá para as ruas e coloque em prática as lutas dos
estudantes brasileiros. Dessa forma continuaremos divulgando o 2º Congresso nos
IF’s do estado, para assim, levar o maior número de secundaristas para Juiz de
Fora, congresso onde os secundaristas irão unificar suas lutas com a de vários
outros ativistas do Brasil inteiro, onde as várias bandeiras e lutas irão se
encontrar e fortalecer o movimento estudantil brasileiro.
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