O
mundo hoje vive um momento diferente. Na Europa, no norte da África e
no oriente médio os jovens se colocaram a frente dos processos de luta e
resistência. No velho continente os trabalhadores e jovens passam por
apertos impostos por seus governos como consequência da forte crise
econômica que vivem, com planos de austeridade e forte repressão do
capitalismo, que tenta impor condições de vida cada vez piores. No
oriente médio e norte da África a população se enfrentou com as cruéis
ditaduras de Mubarak no Egito, Kadafi na Líbia e agora de Bashar Al
Assad na Síria e sua luta continua por direitos democráticos. Na América
latina e no Quebec os estudantes também voltaram a se mobilizar por uma
educação pública, gratuita e de qualidade.
Todas essas
mobilizações nos dão uma grande lição: Com sonhos e lutas se faz o
futuro. No Brasil a juventude também fez coro com as lutas
internacionais na maior greve da educação dos últimos 10 anos e foi às
ruas exigir do governo Dilma uma educação de qualidade pública e com 10%
PIB JÁ!
O Governo Dilma infelizmente vem a cada dia demonstrando
que não está do lado dos trabalhadores e jovens do nosso país. Para os
estudantes além de cortes de 5 bilhões nos últimos anos, vimos Dilma
reafirmar, através do novo PNE, sua política de mercantilização da
educação, através do repasse de dinheiro público para instituições
privadas de ensino superior. Já o REUNI demonstrou o que o movimento
estudantil mais alertou em 2007, pouco financiamento para expansão e
muita precarização, o que desembocou na maior greve da educação dos
últimos dez anos. Maior exemplo disso no nosso Estado é a situação dos
Campi do interior, como a situação do campus Arapiraca que tem um
presídio construído dentro de sua planta. Políticas efetivas de
assistência estudantil continuam sendo utopias. Some-se a isso, ainda, o
projeto de privatização dos Hospitais Universitários através da criação
da EBSERH, aplicado por esse Governo. O problema do financiamento da
educação no Brasil é a nosso ver, questão de prioridades. Pois enquanto
não temos o tão sonhado 10% do PIB para educação publica aplicado
imediatamente, vemos o governo continuar o pagamento das dívidas externa
e aos banqueiros, ter casos de corrupção e ainda gastar verbas públicas
com a Copa do Mundo e Olimpíadas. TEM DINHEIRO PARA BANQUEIRO, MAS NÃO
TEM PARA EDUCAÇÃO!
No âmbito estadual não foi diferente. Na
educação, particularmente, Alagoas figurou novamente com o pior IDEB do
país, reflexo de um Estado líder em analfabetismo e que enfrenta
problemas dos mais diversos, que vão de questões sociais à falta de
infraestrutura, como a que impediu que cerca de 10 mil alunos da rede
estadual tivessem aulas porque mais de cem escolas estavam ameaçadas de
cair. O descaso do governo Téo Vilela (PSDB) foi expresso ainda nas
greves dos professores tanto do ensino básico, quanto do ensino
superior: UNCISAL e UNEAL que passaram por fortes greves e importantes
vitórias para o ensino estadual.
A tarefa de combater esses
ataques e lutar por uma melhor educação, com uma expansão universitária
de qualidade e uma assistência estudantil plena, está mais do que nunca
em nossas mãos! A luta contra as opressões também é uma prioridade.
Alagoas hoje é um dos estados mais violentos do mundo. A violência
contra a mulher e os homossexuais ainda é muito presente. A ANEL atua
cotidianamente na luta contra o machismo, o racismo e a homofobia e tem
orgulho de ser conhecida como a entidade gay do movimento estudantil
brasileiro. Pois pra nós ser a entidade gay é ser a entidade em
que os homossexuais podem se sentir a vontade pra debater política e
colocar suas opiniões em busca de uma nova sociedade livre.
Esse
ano de 2013 nos traz desafios ainda maiores. Mas nós acreditamos na
força de mobilização da nossa juventude. E, por isso, achamos
conveniente reafirmar: a defesa da educação pública, gratuita e de
qualidade, a imediata aplicação de 10% do PIB para a educação pública, a
garantia de um HU 100% público-estatal, além da nossa tradicional e
cotidiana luta contra toda forma de opressão.
Desse modo,
convidamos todos os estudantes, centros acadêmicos e coletivos para
fortalecer ainda mais as lutas e sonhos de todos nós, participando da IV
Assembleia Estadual da ANEL-AL, que será realizada das 9h às 18h no dia
16 de março de 2013, no Auditório da UNCISAL. Esta será a assembleia
que irá armar o conjunto dos lutadores das diversas escolas e
universidades de Alagoas para lutar e construir o II congresso da Anel
no Estado. Diferente do CONUNE, que também ocorrerá esse ano, o
congresso da Anel se dará por dentro das lutas, será construído e
impulsionado pelas mobilizações da juventude de Alagoas e do Brasil!
Participem! O II congresso da Anel ocorrerá entre os dias 30 de maio a 2
de junho em Juíz de Fora - MG.
DIA 24 DE ABRIL TODOS E TODA A BRASÍLIA À MARCHA EM BRASÍLIA!
Dia 24 de abril será realizada a Marcha em Brasília. Trabalhadores e
estudantes brasileiros irão lutar por seus direitos, exigindo do governo
federal que atenda às nossas revindicações. Os estudantes devem exigir
que o Ministério da educação reabra as negociações da pauta nacional do
CNGE (Comando Nacional de Greve Estudantil).
Devemos ir a
Brasília também para lutar pelo nosso direito ao futuro! O governo
federal está propondo um projeto chamado Acordo Coletivo Especial, ACE,
que busca flexibilizar as leis trabalhistas, e uma nova Reforma da
previdência que fará com que nossa geração não consiga se aposentar!
Vamos com a CSP-Conlutas lutar por nossos direitos!
Chamamos
todas as entidades e coletivos a se somarem nessa jornada, em especial
os companheiros da esquerda da UNE que estão à frente de importantes
entidades dos estudantes na UFAL como DCE (Direção majoritária do
PCR/UJR), CASH e CAGM (PCB/UJC) e também ao grupo estudantil Além do
Mito direção do CABIO e DAFN. O movimento estudantil terá suas vagas
definidas na IV Assembleia Estadual da ANEL que será realizada das 9h às
18h no dia 16 de março de 2013, no Auditório da UNCISAL. Reafirmamos o
convite aos companheiros para a participação da IV Assembleia Estadual, a
Marcha em Brasília e a construção do II Congresso da ANEL. É hora de
unificarmos o movimento estudantil na defesa de uma educação pública,
gratuita e de qualidade e pela garantia de um futuro melhor para nossa
juventude.
SER DA ANEL, SER LUTADOR
ResponderExcluirAI QUE COISA LINDA
O CONGRESSO COMEÇOU!