A política pública de maior destaque no campo da educação foi o projeto Escola sem Homofobia, vetado em 2011. O PLC 122 foi mutilado, mesmo sendo o Brasil apontado como o país onde mais se matam LGBTs por crime de ódio.
Assim, é importante a troca de experiências e avaliar como os movimentos estudantil e LGBT universitário organizados se articularam em defesa da educação de qualidade e livre de opressões. Além disso, é importante verificar como os dois movimentos trataram a questão do PLC 122, pauta que não está restrita à educação. Outra meta importantíssima é investigar o quanto a homofobia está presente no interior do movimento estudantil.
A ANEL vem tocando a luta contra todos os tipos de opressões. O GD (Grupo de discursões) LGBT com 500 estudantes, num espectro de mais de 1700 estudantes, no I Congresso da ANEL (realizado em junho de 2011) mostrou como estamos empenhados em tocar essa luta, além dos beijaços, “adesivaços”, intervenções em festas e calouradas e outros espaços cotidianos das universidades e escolas, e a elaboração do Kit Antihomofobia da ANEL. Através dessas experiências, ainda em andamento, com os demais coletivos e estudantes, esperamos contribuir para abrir diálogos entre movimento estudantil e LGBT na construção de um programa alternativo para a educação e para avançar na articulação concreta destes movimentos sociais.
Portanto, é extremamente importante a construção do 9º ENUDS (Encontro Nacional Universitário sobre Diversidade Sexual), que acontecerá entre os dias 1 e 5 de Fevereiro de 2011, em Salvador. O ENUDS é o espaço para abrir o diálogo entre movimento estudantil organizado (CAs, DCES, federações, entidades nacionais etc) e movimento LGBT organizado (coletivos, ONGs, associações etc), e, assim, traçar a articulação existente entre defesa de melhores condições de ensino, em geral, com defesa do ensino livre de opressões, particularmente.
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