A primeira Comissão Executiva Estadual da Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL), em Alagoas, foi formada no primeiro semestre de 2011. Colocando para si grandes tarefas como lutar em defesa da qualidade da educação no Estado e pavimentar o caminho para o primeiro congresso da ANEL, nas escolas em que a entidade está inserida. A construção do novo se deu por meio da participação nas mobilizações dos trabalhadores e através de muita ação direta com independência financeira e política de governos e reitorias, sempre pautada pelos princípios que norteiam a nossa entidade.
Em defesa da qualidade da educação
A partir da formação de nossa comissão executiva iniciamos uma ampla campanha em defesa da qualidade da educação no Estado, dando especial atenção aos processos de luta ocorrendo na Uncisal e Ufal.
Um dos eixos de nossa campanha era a luta contra o Novo Enem, o novo formato do vestibular que está sendo implantado em diversas escolas e já teve sua aprovação dada na Ufal. Os estudantes da Uncisal se aglutinaram em torno do DCE e da Anel para construir a Campanha em Defesa da Qualidade da Educação. E conseguiram a primeira importante vitória da Anel no nosso estado ao barrarem a aprovação desse projeto enganoso que é o novo Enem. Esse projeto surge através da promessa de acabar com o vestibular, mas na realidade termina por ressaltar uma nova desigualdade: a regional.
Na Ufal, ocorreu a luta com os estudantes de Ciências Sociais junto com o centro acadêmico Florestan Fernandes e estudantes de Psicologia, Serviço Social e outros cursos em defesa de uma melhor infra-estrutura para as salas de aula do ICHCA. Os estudantes conseguiram agilizar os reparos necessários para que salas de aula defasadas do curso de Ciências Sociais voltassem a funcionar.
Somadas a essas lutas, tivemos também a aliança da ANEL com os trabalhadores terceirizados da Ufal, reivindicando melhores salários. Tivemos, também, a participação da ANEL na campanha “Outra Ufal é Possível” da candidatura a reitoria da professora Valéria.
Além de várias atividades de rua durante a campanha, a ANEL construiu também um vitorioso seminário de educação que reuniu professores e estudantes para discutir sobre a situação da educação no nosso país.
Por tudo isso, comemoramos junto com cada estudante que vê na ANEL uma alternativa de lutas em nosso Estado e em nosso país. Essa primeira campanha da ANEL Alagoas foi uma campanha que trouxe importantes vitórias e conseguiu reacender a chama do movimento estudantil alagoano que há muito se via preso aos muros da Universidade Federal de Alagoas.
O 1° Congresso da Anel: A construção de um congresso por dentro das lutas e da vida cotidiana dos Estudantes
Os estudantes que foram para o Rio de Janeiro participar do Primeiro Congresso Nacional da ANEL certamente tiveram uma ótima preparação para as discussões aqui mesmo em Alagoas. O congresso foi construído por dentro das lutas e mobilizações e em Maceió não foi diferente. A presença da ANEL nos atos dos servidores públicos da previdência social e funcionários públicos em campanhas salariais foi uma constante nesse primeiro semestre. A bandeira da entidade dos estudantes livres balançou ao lado da bandeira da classe trabalhadora.
É importante um destaque especial ao ato que ficou conhecido como “Fora Téo” aqui em Alagoas. Resultado de um e-mail enviado anonimamente e disseminado como spam, vários estudantes se aglomeraram na Praça dos Martírios e gritaram em alto e bom som que estavam contra esse governo. A ANEL protagonizou essa luta ao ser a única entidade que esteve presente desde o começo na construção desse ato; e a única a confiar desde o começo na força da juventude alagoana. Mesmo que a ANEL não tenha propagado o e-mail, fomos nós que diante da massa de estudantes, portando apenas um megafone e muita disposição de luta, convidamo-los a irem para rua e mostrarem toda sua indignação.
Aqui em Alagoas, construímos também a campanha “É hora da virada contra a homofobia”, chamando um beijaço nacional contra a homofobia, simultaneamente a várias outras Comissões Executivas da ANEL no país inteiro. Além disso, fomentamos muitas atividades e discussões sobre machismo e homofobia na Ufal e Uncisal.
Todas essas atividades politizaram muito a eleição de delegados para o congresso da ANEL aqui em Alagoas. E ajudaram a consolidar nossa entidade no Estado. Certamente estaremos muito mais fortalecidos para enfrentar os ataques dos governos Teo Vilela e Dilma Roussef nesse período.
Rumo à luta contra o pne e pelos 10% do PIB para a educação
Por tudo que fizemos no último semestre não estamos querendo dizer que construímos a entidade perfeita e isenta de erros. Não é nada disso. Erramos, por exemplo, ao não planejar melhor nossas eleições para delegados do congresso e não atentar logo que muitos estudantes estavam tendo referência na Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre. Por isso, acabamos demorando em fazer eleições em cursos como Geografia, por exemplo. Felizmente os companheiros conseguiram ir para o congresso e tiveram uma rica experiência de militância e construção política. O que no final acabou se tornando um fator muito positivo. Certamente poderíamos ter eleito mais delegados na Ufal e nas escolas públicas e privadas de nosso Estado. Mas esse é um erro contido muito mais no fato de ter sido o nosso primeiro congresso e ainda termos muito a aprender enquanto organização da nossa entidade.
Sabemos agora, que podemos contar com cada um desses estudantes e muitos outros que estão apoiando e construindo a ANEL. Vamos juntos lutar por 10% do PIB para educação já, e contra esse novo PNE (Plano Nacional de Educação) que não passa de um ataque do governo Dilma (PT/PCdoB).
Esperamos contar com você, estudante, nessa batalha pela educação pública gratuita e de qualidade!
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